No
início de dezembro de 2014 professores e vários trabalhadores da educação de
Tutoia entraram de férias. Então se passaram três meses e nada de aula. Estava
previsto o início do ano letivo para 02 de Março, então os problemas começaram
a serem detectados: infraestrutura precária, bomba queimada, escola sem espaço
físico, falta e/ou excesso de funcionários, telhado com problema, infiltrações
e etc... Então se pergunta! Não teve tempo suficiente para analisar
todas essas e as demais questões que envolvem a educação?
A
maioria dos municípios brasileiros incluindo os da Região do Baixo Parnaíba da
qual fazemos parte já iniciaram as aulas em período normal. O que dá errado em
Tutoia para que não se cumpra o início das aulas em tempo regular (sem atraso)?
E os órgão fiscalizadores por que não agem?
Se
já não basta o pouco tempo de aula em que os alunos têm nos períodos em que
estudam (em média 4 horam por dia), o tempo dos dias letivos (200) exigidos
pela LDB no seu Artigo 24 inciso I, vem sendo cada vez mais minguados por falta
de planejamento, pelos tantos feriados durante o ano, pela falta dos
professores por motivos de saúde e outros etc...
É!
A situação não está fácil. Isso me lembra um pouco do seriado “A escolinha do
professor Raimundo” em que ele (o professor) usava o bordão: “E o
salário ó!” Então, faço uma analogia “E a educação ó!”
Férias
é de direito de todos sim. Isso é fato! Mas causa muita indignação a mim, a
muitos pais, alunos e outros professores o fato de as aulas não serem cumpridas
em tempo integral. Essa é uma prática que arrasta a muito tempo e precisa ser
revista e modificada. É bem verdade também que muitos professores e alunos
acham isso “bom” como muitos falam. Poderão até me criticar por esse texto que
representa tão somente o meu posicionamento com relação ao tema, mas, a verdade
seja dita, como profissionais comprometidos não devemos compactuar com
situações que podem causar atraso na vida educacional de tantas pessoas.
Sejamos
conscientes de que isso só perpetua o retrocesso educacional do município de
Tutoia já calejado pelos problemas estruturais e conjunturais. Problemas esses
que recaem diretamente sobre nossas responsabilidades ao incutir na cultura
educacional que nós (Professores) devemos lutar para transforma-lo pois somos
responsáveis diretos por essa transformação, como se as outras esferas de
“poder” não tivessem também suas responsabilidades.
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