Educação
ou ditadura disfarçada?
A
insatisfação dos professores da escola José Henrique de Oliveira em Porto de
Areia chegou a um ponto crítico. Ainda no final do primeiro semestre, os professores
desta respeitada instituição de ensino se reuniram para a tomada de decisões a
respeito do dia da independência. Após muitas discussões a respeito do que realmente
iriam representar foi aceito uma proposta inovadora, porém polêmica. O tema
escolhido pelos professores foi “A ESCOLA QUE TEMOS E A ESCOLA QUE QUEREMOS”. A
partir deste tema, seria feito uma espécie de protesto contra as péssimas condições
estruturais da referida escola. Incrivelmente no outro dia pela manhã a senhora
Secretária de Educação já sabia da situação e adivinhem... ela não aceitou (violando
a LDB) que a escola (mesmo sendo autônoma) representasse esse tema e ainda
indagou o porque de não terem feito isso no governo anterior.
É
intrigante imaginar que esse governo se mostre com o lema “O POVO NO PODER”
quando na realidade o povo não usufrui de quase nada. A postagem anterior mostrou
a situação da escola e parte do problema (os caibros e ripas comidas pelo
cupim) foi sanada nesta quarta feira o que impediu o reinício das aulas no dia
correto visto que os professores se manifestaram a não trabalhar enquanto não
fosse resolvido o problema. É lamentável ver a situação das escolas de Porto de
Areia de forma geral, fazem vergonha. É. Vergonha de ter tantos habitantes
(eleitores), de ser um dos maiores povoados do município de Tutoia e não ser
visto, respeitado. De fato nos falta dignidade que nos foi prometida, mas nunca
cumprida pelas autoridades competentes. Tomamos parte da nossa consciência ou
da nossa ignorância? Não sei, e parece-me que qualquer decisão que tomemos não
é respeitada mesmo sendo nós educadores os responsáveis pelo futuro do nosso
povo. Quem está no poder de fato não é o povo pois como o povo pode ir contra
ele mesmo? O povo está apenas sendo submisso à vontades de aproveitadores que
infelizmente desconhecem o significado de liberdade e independência. Então eu
interrogo. Vale apena celebrar a independência do Brasil enquanto nós mesmos
não temos a nossa reconhecida?