09-08-2012
08:02
O presidente da Bioenergy,
Sérgio Marques, confirmou, ontem, investimentos de R$ 6 bilhões até 2015 para a
instalação de um parque eólico em Tutoia e Paulino Neves, totalizando 500
aerogeradores com capacidade para gerar 1.750 MW de energia. A informação sobre
o atual andamento do projeto foi dada pelo executivo da empresa durante
encontro com membros do Governo do Estado e em um outro momento com
representantes de associações comunitárias dos dois municípios.
Sérgio Marques informou que o
empreendimento prevê a instalação de 24 projetos eólicos em Tutoia e Paulino
Neves. Desse total, 15 já obtiveram licença prévia (LP) da Secretaria de Estado
de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Sema). Nos próximos dias, a empresa
deve receber os nove licenciamentos restantes. A Bioenergy já deu entrada na
licença de instalação (LI), que deve ser emitida até outubro.
A construção do parque eólico
ocorrerá em duas etapas. Na primeira, cujas obras terão início no primeiro
semestre de 2013, a Bionergy investirá R$ 2 bilhões, do total de R$ 6 bilhões,
que englobará a instalação de 240 aeorogeradores, cada um com capacidade de 3
MW de potência instalada e 100 metros de altura. A maior parte dos geradores de
energia, dois terços, será concentrada em Paulino Neves, que dispõe de uma área
bem maior.
Dos R$ 2 bilhões dessa
primeira etapa, a Bioenergy investirá ainda na construção de uma linha de
transmissão de energia elétrica de 230 kV, com 240 km de extensão, que será
interligada à subestação Miranda II. A previsão da empresa é de que a primeira
etapa entre em operação em 2014.
Na segunda fase, na qual
haverá mais investimentos - na ordem de R$ 4 bilhões - serão instalados mais
260 aerogeradores e realizados reforços na linha de transmissão, elevando a
capacidade de geração de energia em mais 780 MW, que totalizará 1.500 MW. Boa
parte da energia já foi comercializada pela Bioenergy ao mercado, por meio de
leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Encontro - O encontro da
Bioenergy com o governo foi de alinhamento para que os secretários conhecessem
o projeto e também fizessem sugestões. "É um projeto importante, pioneiro
no estado, que produzirá energia limpa e promoverá a criação de renda, de
empregos e algumas melhorias aos municípios de Tutoia e Paulino Neves",
observou o secretário Maurício Macedo.
O subsecretário de Minas e
Energia, Francisco Peres Soares, afirmou que a região na qual o projeto está se
instalando tem vocação para produzir energia eólica, pois possui alta densidade
de vento, fenômeno que inibe a polinização de plantas, facilita a presença de
dunas e dificulta a habitabilidade. "Por isso, a produção de energia
eólica é uma alternativa viável para a região em termos de desenvolvimento
sustentável", afirmou.
Sérgio Marques explicou que,
pela utilização das áreas para a geração de energia eólica, a Bioenergy
repassará uma remuneração mensal (espécie de royalties) às associações
comunitárias, que representam mais de 200 famílias. O recurso, que deve ser
calculado tomando por base 1,5% sobre o faturamento bruto de cada aerogerador,
também será repassado ao Governo do Estado e às prefeituras de Paulino Neves e
de Tutoia. "A maior parte dessa remuneração, em torno de 50%, será paga às
associações", afirmou o presidente da Bioenergy.
Números
R$ 6 bi Serão investidos pela
Bioenergy na instalação de um parque eólico no Maranhão
500 Aerogeradores serão
instalados entre Paulino Neves e Tutoia
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